Periferia de Bertioga sofre sem pavimentação
Bruno Guedes
Prefeitura de Bertioga tem investido na urbanização da orla da Enseada, um dos principais atrativos turísticos da Cidade. Enquanto isso, moradores de bairros como Vista Linda, Vicente de Carvalho 2 e Caiubura aguardam há anos por melhorias definitivas, como um sistema de drenagem, até hoje inexistente, e serviços de manutenção adequada nas ruas de terra batida.
As chuvas da semana passada produziram cenários que evidenciam o abandono e o descompasso no ritmo de investimentos em relação ao crescimento de Bertioga. No Vista Linda, a água se acumulava em valas criadas para improvisar a vazão. As mesmas valas recebem o esgoto das residências, já que não há saneamento básico neste ponto do Município.
A população de Bertioga cresceu 58,3% na última década, saltando de 30.039 habitantes em 2000 para 47.572 segundo censo do ano passado. Com a expansão demográfica, aumentou a quantidade de casas e, desta forma, diminuíram os espaços de solo permeável. O volume de água sobrecarregou o improvisado sistema de drenagem. Localizadas às margens das calçadas, as valas criadas para o escoamento não dão conta da vazão e, em alguns pontos, estão aterradas e cheias de mato.
Reclamações
O resultado é que, mesmo sendo de terra, o que facilita a absorção do volume da chuva, as ruas alagam com facilidade. Principalmente porque o serviço da Prefeitura de nivelamento das vias sem asfalto, segundo moradores, não é suficiente para mantê-las livres de verdadeiras crateras que viram lagoas com frequência.
"Não era desse jeito, não. Os problemas são os mesmos, mas a situação piorou muito. A gente convive com enchente, com água parada nas valas, concentração de mosquitos", reclama o cozinheiro José Simões de Almeida, de 61 anos, 15 deles morando em uma casa na Rua Orestes Colombari, no Bairro Vista Linda. Na frente de sua residência, a água parada provoca a concentração de insetos.
"Está na hora de investir em galerias de drenagem. Tem muita gente querendo sair daqui por causa dessa situação", conta o morador. O pedreiro Célio Pupo da Silva, de 52 anos, é favorável ao asfaltamento das ruas do bairro, junto com a implantação de galerias subterrâneas capazes de drenar a água. Do outro lado da estrada, na faixa entre a rodovia e a serra, a situação é pior.
No Chácara Vista Linda, as valas transbordam e, em alguns pontos da Rua Lincoln Bolivar Neves, a água chegava na altura do joelho um dia após a chuva. "Toda água vem do outro lado da estrada em direção ao rio (Itapanhaú, mas não existe vazão", afirma o mecânico Charsliton Lucena, de 38 anos. "Não precisa nem asfaltar, é só investir nas galerias. A Prefeitura passa fazendo manutenção da rua e uma semana depois já está cheio de buraco por causa da água. Não adianta nada", ressalta ele, que paga R$ 860,00 por ano de IPTU sem "nenhum retorno".
As chuvas da semana passada produziram cenários que evidenciam o abandono e o descompasso no ritmo de investimentos em relação ao crescimento de Bertioga. No Vista Linda, a água se acumulava em valas criadas para improvisar a vazão. As mesmas valas recebem o esgoto das residências, já que não há saneamento básico neste ponto do Município.
A população de Bertioga cresceu 58,3% na última década, saltando de 30.039 habitantes em 2000 para 47.572 segundo censo do ano passado. Com a expansão demográfica, aumentou a quantidade de casas e, desta forma, diminuíram os espaços de solo permeável. O volume de água sobrecarregou o improvisado sistema de drenagem. Localizadas às margens das calçadas, as valas criadas para o escoamento não dão conta da vazão e, em alguns pontos, estão aterradas e cheias de mato.
Reclamações
O resultado é que, mesmo sendo de terra, o que facilita a absorção do volume da chuva, as ruas alagam com facilidade. Principalmente porque o serviço da Prefeitura de nivelamento das vias sem asfalto, segundo moradores, não é suficiente para mantê-las livres de verdadeiras crateras que viram lagoas com frequência.
"Não era desse jeito, não. Os problemas são os mesmos, mas a situação piorou muito. A gente convive com enchente, com água parada nas valas, concentração de mosquitos", reclama o cozinheiro José Simões de Almeida, de 61 anos, 15 deles morando em uma casa na Rua Orestes Colombari, no Bairro Vista Linda. Na frente de sua residência, a água parada provoca a concentração de insetos.
"Está na hora de investir em galerias de drenagem. Tem muita gente querendo sair daqui por causa dessa situação", conta o morador. O pedreiro Célio Pupo da Silva, de 52 anos, é favorável ao asfaltamento das ruas do bairro, junto com a implantação de galerias subterrâneas capazes de drenar a água. Do outro lado da estrada, na faixa entre a rodovia e a serra, a situação é pior.
No Chácara Vista Linda, as valas transbordam e, em alguns pontos da Rua Lincoln Bolivar Neves, a água chegava na altura do joelho um dia após a chuva. "Toda água vem do outro lado da estrada em direção ao rio (Itapanhaú, mas não existe vazão", afirma o mecânico Charsliton Lucena, de 38 anos. "Não precisa nem asfaltar, é só investir nas galerias. A Prefeitura passa fazendo manutenção da rua e uma semana depois já está cheio de buraco por causa da água. Não adianta nada", ressalta ele, que paga R$ 860,00 por ano de IPTU sem "nenhum retorno".
Prefeitura define novo plano de macrodrenagem
A Prefeitura de Bertioga informa que um projeto de macrodrenagem em todo o Município será definido no Plano Diretor, cujo processo de revisão está em andamento. Após concluída,a proposta será encaminhada para audiências públicas e para a Câmara.
O Município informa ainda que está reorganizando suas equipes de manutenção de ruas e limpeza de praias e ressalta, apesar das críticas apontadas nesta reportagem, que esta iniciativa "está resultando em revitalização no aspecto visual e melhorando a circulação de veículos e pedestres no Centro e, principalmente, nos bairros da Cidade".
Entre as ações, a Prefeitura cita os serviços de tapa-buracos, limpeza de guias e sarjetas, desassoreamento de valas, entre outros, em toda a extensão da Rua João Ramalho e nas avenidas 19 de Maio e Anchieta, do Centro até o Jardim Indaiá, último bairro antes da Riviera de São Lourenço.
Essas obras estão dentro de um pacote de intervenções que custarão R$ 17 milhões e incluem a drenagem da Rua Saudade e pavimentação das vias Lincoln Bolivar Neves (alvo de reclamações), na Chácara Vista Linda, e Antônio Rodrigues de Almeida, no Jardim Lido.
